O que é Pastoral da Saúde?


É a ação evangelizadora de todo o povo de Deus comprometida em PROMOVER, PRESERVAR, DEFENDER, CUIDAR E CELEBRAR a VIDA.

Dimensão Solidária: vivência e presença samaritana junto aos doentes e sofredores nos hospitais, famílias e comunidades; visa atender a pessoa integralmente nas dimensões física, psíquica, social e espiritual;
1. Sensibilizar a sociedade e a Igreja a respeito do sofrimento, denunciando a marginalização dos doentes, portadores de deficiências e idosos e de maneira especial, em face das novas formas de sofrimento e de doenças contemporâneas (Aids, doentes mentais e terminais, etc)     
2. Zelar pela humanização e evangelização as instituições de saúde, visando ao bem-estar global de todos os que nele se encontram (profissionais, funcionários, doentes e terminais, etc.)      
3. Proporcionar atendimento pastoral aos doentes internados e a domicílio.
4. Favorecer políticas de humanização, colocando o doente como razão de ser das instituições de saúde, no resgate da dignidade humana, no processo de fortalecer a fé e a esperança cristã.
5. Sensibilizar e integrar a comunidade e as instituições de saúde, uma vez que estas fazem parte dela.
6. Preparar agentes de pastoral da saúde para anuncia a Boa Nova ao ser humano, diante do confronto com o sofrimento, a doença e a morte, bem como no respeito ao sigilo ético em relação às informações confiadas.
7. Relacionar com as diferentes tradições religiosas num diálogo que respeite a liberdade de consciência.
8. Celebrar nas instituições de saúde (hospitais, ambulatórios, postos de saúde) e comunidade datas significativas relacionadas com o mundo da saúde, tais como Natal, Páscoa, Dia do Enfermo (São Camilo), Dia Mundial da Saúde (7 de Abril), Dia do médico, Dia do Enfermeiro.
9. Constribuir para a humanização e evangelização das estruturas, instituições e profissionais da saúde, atuando junto aos mesmos no seu processo de formação profissional a fim de cultivar valores humanos, éticos e cristãos.

Dimensão Comunitária: atua na formação de Agentes da Pastoral da Saúde na Educação Popular como: saúde coletiva, hábitos saudáveis, alimentação alternativa, plantas medicinais, massagens, doenças crônico previníveis, entre outros; Relaciona-se com a saúde pública, atuando na prevenção das doenças. Procura valorizar o conhecimento, sabedoria e religiosidade popular em relação à saúde;
1. Conscientizar a comunidade a respeito do direito à saúde e o dever de lutar por condições mais humanas de vida, terra, trabalho, salário justo, moradia, alimentação, educação, lazer, saneamento básico e preservação da natureza.
2. Priorizar ações de educação, implementando uma verdadeira cultura de saúde, com ênfaze em ações preventivas, permeadas pelos valores da justiça, equidade e solidariedade.
3. Resgatar e valorizar a sabedoria e a religiosidade popular, relacionadas com a utilização dos dons da mãe natureza e conservação do meio ambiente.
4. Refletir, à luz da fé cristã e da pessoa de Jesus, a realidade da saúde e da doença, bem como as implicações da ciência, tecnologia e bioética. Implementar os valores étios da soliedariedade e cidadania, visando à construção de uma sociedade justa e solidária.
5. Incentivar e desenvolver a formação e capacitação contínua dos agentes de pastoral da saúde, nos aspectos humanos, técnicos, éticos e cristãos criando-se centros regionais de formação de agentes de pastoral.
6. Estar atento para as diferentes práticas alternativas de saúde, que são usadas sem a necessária fundamentação e comprovação científica e que causam estranheza, insegurança, desconfiança e descrédito da ação pastoral na comunidade, evitando-se assim o fanatismo e dogmatismo.
7. Priorizar a educação transformadora, a partir da comunidade, sob o critério dos valores da justiça, solidariedade e mística cristã.

Dimensão Político-Institucional: atua em parceria com instituições, ONGs , entidades na construção de um Sistema de Saúde que zela pelos princípios da universalidade, integralidade e equidade. Zela para que haja reflexão bioética, formação ética e uma política de saúde sadia. 
1. Considerar a saúde como um direito fundamental da pessoa humana, estreitamente vinculado à solidariedade e eqüidade.
2. Participar ativa e criticamente nas instâncias oficiais que decidem a política de saúde da Nação, estado, região e município.
3. Apoiar e criar espaços de luta política e solidariedade em favor da vida, valorizando as organizações populares e suas iniciativas.
4. Recuperar o compromisso constitucional da Seguridade Social, definida como um conjunto de ações do Poder Público e da sociedade, destinado a assegurar o direito à saúde, previdência e assistência social.
5. Envolver-se nas ações de política de saúde relacionadas com elaboração do orçamento da saúde, formação e participação nos conselhos: locais, distritais, municipais, estaduais e nacional.
6. Acompanhar e colaborar nas atividades dos Conselhos de saúde no exercício do controle social, exigindo prestação de contas, em relação à qualidade dos serviços prestados.
7. Exigir que o Estado garanta os serviços de saúde à população, reforçando a idéia de que a saúde pública é um direito social.
8. Estabelecer canais de comunicação com as  instituições públicas e privadas que atuam na área  da saúde e educação.
9. Definir estratégias e mecanismos que possibilitem ampliar a base de sustentação política para as novas práticas de saúde, considerando a participação  dos gestores e prestadores de serviços e dos usuários no processo.
10. Considerar, à luz do princípio da equidade, que a realidade de situações desiguais (diferenças socias, econômicas, culturais, etc.), exigem intervenções e ações diferenciadas para a solução dos problemas.
11. Articular a pastoral da saúde com outras pastorais, movimentos, organismos e instituições, a fim de viabilizar recursos materiais, financeiros, humanos, bem como ações e projetos comuns.
12. Cuidar para que no âmbito do relacionamento e parcerias com os poderes públicos, a pastoral  da saúde não substitua o que é função do Estado.
13. Possibilitar a formação específica dos agentes de pastoral da saúde que atuam como conselheiros, acompanhando-os e avaliando-os periodicamente.
14.Incentivar para que nas universidades e instituições de ensino católicas, bem como nos seminários, sejam introduzidos cursos de aprofundamento em Pastoral da Saúde.